quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Diferenças entre o protestantismo e o catolicismo


As igrejas protestantes tiveram a sua origem justamente devido as suas divergências teológicas com a Igreja Católica Romana. Abaixo elencaremos algumas delas.

Interpretação da Bíblia
O protestantismo tem como um de seus principais princípios a interpretação privada ou juízo privado dos textos bíblicos, fruto da Reforma Protestante, quando Lutero, em outubro de 1520, enviou seu escrito "A Liberdade de um Cristão" ao Papa, acrescentando a frase significativa "Eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus". Disse Lutero também em outra ocasião que é "sempre melhor ver com os próprios olhos do que com os de outras pessoas" ("always better to see with one's own eyes than with those of other people").
Isso posteriormente acabou originando o direito fundamental de liberdade religiosa, bem como a própria ideia de democracia, ao consagrar a ideia de horizontalidade dos fieis protestantes, ao contrário da verticalidade do catolicismo, cuja última opinião em matéria de interpretação bíblica pertence ao Papa. Na maioria dos ramos do protestantismo, a opinião de cada um dos fiéis em matéria de interpretação bíblica tem o mesmo peso.

Críticas ao culto de imagens e de santos
Em sua interpretação bíblica, os protestantes entendem não ser um ensinamento bíblico cultuar imagens e santos, e criticam o catolicismo de, por outro lado, contrariar a Bíblia ao pregar a veneração a Maria e aos Santos. Consideram a venda de imagens de santos como um mercantilismo inaceitável.

Críticas às confissões
Também através de sua interpretação bíblica, entendem os protestantes não existir a necessidade de confissão de pecados para algum membro de sua Igreja para ter seus pecados perdoados. 
Essa seria uma relação entre o fiel e Deus, sem necessidade de um mediador.
Para sustentar essa opinião, os protestantes apontam Mateus 1:21 ("Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles"), 
Atos 4:12 ("E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos"), 
e, 1 Timóteo 2:5 ("Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem").

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