História da Igreja
A denominação surgiu em 7 de setembro de 1946, aos fundos da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista do Brasil, em Rudge Ramos, município de São Bernardo do Campo. Um grupo de metodistas, das igrejas de Tucuruvi e Vila Mazzei, bairros da capital paulista que acreditavam na visão pentecostal do Batismo no Espírito Santo juntamente com os então seminaristas Mário Roberto Lindstron, Oswaldo Fuentes e Alídio Flora Agostinho decidiram manter suas posições teológicas a despeito desta ser contrária à posição oficial da IMB. Esta decisão tornou oficial o movimento, por isso que essa é a data em que se comemora o seu aniversário. A intenção era reformar a denominação de origem, mas o movimento não foi aceito pela Igreja Metodista e os seus adeptos decidiram fundar uma nova denominação.
O primeiro local de reuniões foi a residência do fiel Lázaro Sansão, à Rua Floreal, 10, em Jaçanã. Para isso, ele separou uma pequena “área coberta de sapé”, anexa à sua casa. Coube a Tertuliano Antunes o papel de primeiro líder do grupo, enquanto os seminaristas continuavam na faculdade de teologia.
Em 1947, o seminarista Mário Roberto Lindstron interrompeu seus estudos na faculdade e passou a liderar o grupo. Oswaldo e Alídio ainda permaneceram aquele ano na faculdade, porém não renovaram matrícula para o ano seguinte, se juntando a Mário Roberto na liderança da Igreja.
Ao contrário da Igreja Metodista, que batiza por aspersão, a Igreja do Avivamento, à moda da maioria das igrejas pentecostais, só aceita o batismo por imersão. A primeira cerimônia de batismo foi liderada pelo Missionário Henry Jeffery, naquele tempo ligado à “Missionary Chapel of London”, no dia 15 de junho de 1947, nas águas do rio Cabuçu, na divisa entre São Paulo e Guarulhos. Foram batizados quarenta e sete fiéis, dentre os quais o seu líder, Mário Roberto Lindstrom. Em 16 de agosto Henry Jeffery presidiu a primeira assembléia da igreja, na qual foi organizada a diretoria e consagrado o primeiro pastor, Mário Roberto Lindstrom, bem como presbíteros e diáconos.
Em janeiro de 1956, de 23 a 29, reuniu-se em Jaçanã, o que se chamou inicialmente, de “Primeira Reunião Geral de Obreiros”, e, depois de: “Convenção Geral”. Nesta reunião foi criado o órgão geral, chamado de “Conselho Nacional”. Mais tarde se chamou: “Conselho Diretor”, “Conselho Executivo”, e, atualmente, “Conselho Geral”. Em dezembro de 1957, surgia o primeiro número do jornal Avivamento, que é o órgão oficial do movimento.
A década de 60 caracterizou-se por autonomia de diversas congregações e a batalha por um “estatuto único”. Em 1962 a Convenção Geral tornou-se pessoa jurídica, pretendendo representar todas as igrejas. Em 1968, na Convenção Geral realizada em Santo André, ficou estabelecido o “estatuto padrão”, vinculando todas as igrejas à Convenção Geral.
Em Paranavaí, Paraná, em 1972, reuniu-se a XVIª Convenção Geral, que aprovou, em caráter definitivo o “estatuto único”. Deste modo, oficializou-se o governo centralizado, tendo sido estabelecidas as Regiões Eclesiásticas, com os Conselhos Regionais, eleitos nas Convenções Regionais; o ministério tornou-se itinerante e firmou-se o movimento de missões; ficou também fixado o “Dia Nacional de Missões do Avivamento Bíblico”, que coincide com a data da fundação do Movimento: 7 de setembro.
As regiões estabelecidas foram: Centro, compreendendo São Paulo, Minas Gerais e Bahia; Oeste, compreendendo o Oeste do Estado de S. Paulo, Mato Grosso e Goiás, e , Sul, compreendendo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além das regiões, foram reconhecidos os Campos Missionários: congregações distantes e diretamente ligadas ao Departamento Geral de Evangelismo e Missões.
Hoje o Avivamento Bíblico conta com igrejas implantadas em todos os Estados brasileiros e países da América Latina como Chile, Uruguai,Paraguai e Argentina
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