quinta-feira, 26 de março de 2009

Neopentecostalismo

O neopentecostalismo é uma vertente do evangelicalismo que congrega denominações oriundas do pentecostalismo clássico ou mesmo das igrejas cristãs tradicionais (batistas, presbiterianos, etc). Surgiram sessenta anos após o movimento pentecostal do início do século XX (1906, na Rua Azuza), ambos nos Estados Unidos da América.
Em alguns lugares são chamados de carismáticos, tendo como exceção o Brasil, onde essa nomenclatura é reservada quase exclusivamente para um movimento dentro da Igreja Católica chamado Renovação Carismática Católica, mas aos poucos o termo vem sendo resgatado por pentecostais e neopentecostais no País.
O Movimento Carismático principiou-se nas denominações históricas (Metodista, Batista, Presbiteriana, etc). Posteriormente surgem igrejas de inspiração e cultura mais pentecostais ou pentecostais renovadas. Assim surgem: A Convenção Batista Nacional, que reúne as igrejas de "renovação espiritual", incluindo a Batista da Lagoinha desde 1967 (são moderadas, conhecidas como "renovadas"); As Igrejas Pentecostais Sinais e Prodígios, fundada em 1970; A Igreja Renascer em Cristo, em 1986 e novas igrejas apostólicas surgidas a partir da década de 1990, como o Ministério Internacional da Restauração, fundado por Renê Terra Nova em 1992, como Primeira Igreja Batista da Restauração em Manaus. Surgem também as denominações novas, não oriundas de igrejas históricas, mas de líderes hábeis e influentes. Tal é o caso de: Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), fundada por Edir Macedo em 1977 no Brasil e a Igreja da Graça, fundada por R.R. Soares.

Crítica
O sucesso do movimento teria seu fundamento na pulverização teológica promovida por Mary Baker depois por Essek William Kenyon ao misturar o gnosticismo das religiões metafísicas com o cristianismo pentecostal.
Todas estas doutrinas: Batalha Espiritual, Confissão positiva, Maldições hereditárias, Possessão de crentes, teriam origem no ensino teológico dos movimentos de fé norte-americano.
Uma das maiores críticas ao movimento neopentecostal é a ênfase que algumas denominações dão aos ensinos da confissão positiva, conhecido popularmente como "Teologia da Prosperidade", de acordo com Paulo Romeiro, em seu livro "Super Crentes, o Evangelho segundoKenneth Hagin, Valnice Milhomens e os Profetas da Prosperidade ", é a corrente doutrinária que ensina que uma vida medíocre do cristão indica falta de fé. Assim, a marca do cristão cheio de fé e bem-sucedido é a plena saúde física, emocional e espiritual, além da prosperidade material. Pobreza e doença são resultados visíveis do fracasso do cristão que vive em pecado ou que possui fé insuficiente.
Ainda de acordo com o Dictionary Of Pentecostal And Charismatic Movements (Dicionário dos Movimentos Pentecostal e Carismático), "Confissão positiva é um título alternativo para a teologia da fórmula da fé ou doutrina da prosperidade promulgada por vários televangelistas contemporâneos, sob a liderança e a inspiração de Essek William Kenyon. A expressão "confissão positiva" pode ser legitimamente interpretada de várias maneiras. O mais significativo de tudo é que a expressão "confissão positiva" se refere literalmente a trazer à existência o que declaramos com nossa boca, uma vez que a fé é uma confissão.
Confissão Positiva torna-se, em verdade, parte do movimento Neopentecostal que surge nos Estados Unidos no início dos anos 60. Seus ensinos têm relação com as doutrinas da prosperidade ."


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