É uma expressão estudada na teologia cristã. Segundo o autor da Primeira Epístola aos Coríntios, seria doado para o que fosse útil (12:7), e repartido a cada um segundo a vontade do Espírito Santo (12:11); existindo diferentes tipos de dons:
Alguns grupos, incluindo várias denominações cristãs de linha conservadora, creditam nos dons, particularmente línguas e profecia, foram limitados a Igreja primitiva, uma visão conhecida como cessacionismo. Outros grupos, includindopentecostais e denominações de Santidadedo Cristianismo, tem uma visão oposta (continuacionismo), acreditam que os dons espirituais são atuais. Pentecostais recebem frequentemente membros usando esses dons. Partes do Catolicismo Romano, Ortodoxa Oriental, e muitas outra denominações protestante acreditam na atualidade dos dons espirituais, especialmente aqules influenciados peloMovimento Carismático.
Enumeração dos Dons
A Primeira Epístola aos Coríntios enumera alguns dons
(I Co 12:8-10):
Palavra da sabedoria
Palavra do conhecimento
Fé
Dons de curar
Operação de maravilhas
Profecia
Discernimento de espíritos
Variedade de línguas
Interpretação de línguas
Os dons descritos no Novo Testamento relacionan-se tamabém com a Trindade.
Cada um segundo sua função e doador.
O Pai, O Filho e O Espírito Santo
Romanos 12:6-8 Eféesios 4:11 I Coríntios 12:1-14
Profecia
Ministério
Ensinar
Exortação
Repartir
Presidir
Exercer misericórdia
Apóstolo
Profeta
Evangelista
Pastor
Mestre
Palavra da sabedoria
Palavra da conhecimento
Discernimente de espíritos
Falar em línguas
Interpretação das línguas
Profecia
Fé
Operação de milagres
Curas
Buscar os dons
Por ser entendimento comum que os dons eram distribuídos segundo a vontade do Espírito, houve debates teológicos para refletir se era bíblico a petição de dons. Algumas denominações exercitavam reuniões em que o religioso deveria repetir muitas vezes um determinado louvor ou clamor e o Espírito “enrolaria” sua língua para a glossolalia, o que foi muito criticado por outras denominações religiosas. Chegou-se então ao entendimento que as reuniões de orações poderiam evocar a petição do dom, contudo a tentativa de induzir o Espírito Santo com tais práticas era condução ao engano pelo poder do espírito do mal e pelo poder do espírito da carne, visto que a alma do homem poderia ser induzida por mensagem subliminhar.
A sustentação para a permissão para a petição de tais dons estariam firmadas em I Co14:1 - “Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.”
Muito estudiosos entendem que estariam limitados a tais dons a distribuição do Espírito, contudo pensam outros que o Espírito Santo é livre e não se restringe à relação deixada pelo apóstolo; novas formas de ações surgem no decorrer da história do povo eleito. Essas novas formas foram criticadas por conservadores por dar vazão ao surgimento de heresias.
Outra linha entende que os dons do Espírito não ficaram restritos ao Pentecostes, visto esta tese contraria todas as cartas Paulinas, pois, foram escritas em datas posteriores ao Pentecostes. A conversão de Paulo aconteceu por volta do ano 37 d.C., sete anos após a descida do Espírito Santo no Pentecostes (30 d.C.).
Segundo as traduções da Epístola aos Hebreus - Hb 2.4, os dons espirituais seriam distribuídos segundo a vontade de Deus, confirmando a pregação com sinais e prodígios, sendo o seu recebedor apenas um despenseiro a cuidar desses dons, administrando aos demais - 1Pe 4.10 – por intermédio de um canal humano que não seria o dono do dom, pois seria pertencente ao Espírito.
Há uma linha teológica que entende que a manifestação dos dons na vida do cristão é a confirmação do “Batismo do Espírito Santo”, já outra linha ensina que o “Batismo do Espírito Santo” é “automático” e consecutivo ao arrependimento e aceitação de Jesus Cristo como Senhor e Salvador.
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